Designer brasileira relata ataque racista em Berlim: “Foi o pior momento da minha vida”, diz Gabriela Monteiro, de 34 anos.

A designer brasileira Gabriela Monteiro, de 34 anos, que reside em Berlim, na Alemanha, recentemente compartilhou em suas redes sociais um relato chocante de um ataque racista que sofreu juntamente com seu companheiro, Dominik Haushahn, também de 34 anos, ocorrido em março do ano passado. O casal estava em um trajeto de metrô em direção à estação Alexanderplatz, quando um grupo de seis a oito pessoas começou a fazer comentários agressivos sobre a aparência de Gabriela, inclusive tentando tirar fotos dela sem permissão.

Segundo Gabriela, a situação se intensificou quando o casal desembarcou na estação e três homens do grupo seguiram e agrediram Dominik, chegando a deixá-lo coberto de sangue. Somente a intervenção de uma testemunha conseguiu interromper as agressões. A designer descreve o incidente como um crime de ódio com viés racista e sexista, causando traumas psicológicos e um medo constante de andar pelas ruas de Berlim desde então.

A polícia de Berlim iniciou uma investigação, e três dos agressores se entregaram às autoridades no mesmo dia em que o boletim de ocorrência foi registrado. Imagens dos agressores foram divulgadas pela polícia para ajudar na identificação dos responsáveis. No entanto, o homem que teria iniciado a confusão e insistido em fotografar Gabriela ainda não foi identificado, conforme relato da própria vítima.

Gabriela Monteiro pede justiça e responsabilidade para todos os envolvidos no ataque, incluindo o homem que motivou as agressões. Ela enfatiza a importância de nomear o incidente como um crime de ódio e espera que as autoridades continuem a investigar e punir os agressores de acordo com a gravidade do ocorrido.

A situação também despertou a atenção do Ministério das Relações Exteriores, que planeja consultar a embaixada brasileira na Alemanha para obter mais informações sobre o caso. A designer reforça a gravidade do episódio e a necessidade de combater atos racistas e sexistas, ressaltando os danos emocionais que ela vem enfrentando desde aquele dia trágico em Berlim.

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