Desgaste entre Organização Arnon de Mello e Rede Globo ganha destaque em Alagoas após recusa de renovação de contrato.



Um episódio marcante no mundo do entretenimento e das comunicações movimentou o domingo (19). Uma reportagem publicada pelo jornalista alagoano Carlos Madero no portal de notícias UOL abordou a tensa relação entre a Organização Arnon e Mello (OAM) e a Rede Globo.

A matéria traz à luz um pedido da TV Gazeta, que faz parte do conglomerado de comunicação do ex-presidente Fernando Collor, para renovar o contrato de retransmissão da emissora em Alagoas com a Globo. Segundo a reportagem, o pedido foi feito no contexto do processo de recuperação judicial da TV Gazeta, que está enfrentando dificuldades financeiras e entrando com a ação para evitar a falência.

Este pedido foi motivado pelo anúncio feito pela Globo em outubro, confirmando que encerraria a parceria de 48 anos com o grupo alagoano, após a condenação de Collor pelo Supremo Tribunal Federal, por uso da TV Gazeta em um esquema de corrupção. A Gazeta está em recuperação judicial desde 2019 e a notícia do fim da parceria com a Globo surpreendeu a emissora.

A renovação compulsória do contrato será analisada pelo juiz Léo Dennisson Bezerra de Almeida, da 10ª Vara Cível da Capital de Alagoas. As duas empresas optaram por não se manifestar publicamente sobre o caso, que tramita em sigilo.

A Globo, por sua vez, defendeu sua decisão de não renovar o contrato. A empresa justificou que manter a parceria traria “gravíssimo dano reputacional” a ela, devido às acusações de corrupção envolvendo Collor e o diretor da Organização Arnon de Mello. A TV Gazeta argumenta que foi pega de surpresa e que o fim do contrato geraria gravíssimos danos financeiros a todo o grupo OAM, podendo levar ao encerramento de suas atividades.

Outros pontos de discordância incluem investimentos feitos pela TV Gazeta na TV desde 2010 e o suposto descumprimento contratual por parte da Globo. Ambas as empresas apresentaram justificativas e alegações para sustentar seus argumentos perante a Justiça.

O processo de recuperação judicial da OAM, que envolve dívidas significativas e acusações de administração duvidosa, tem chamado atenção há anos. Com mais de R$ 64 milhões em débitos renegociados, a situação financeira da empresa é delicada. Questionamentos legais relacionados ao plano de pagamento aprovado pelos credores levaram a Justiça a sugerir a abertura de um inquérito policial para investigar eventuais crimes falimentares.

Dessa forma, o desenrolar desse processo de recuperação judicial e os desdobramentos do pedido de renovação compulsória do contrato entre a TV Gazeta e a Globo continuarão sendo acompanhados de perto pelos envolvidos e pela mídia especializada.

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