Enquanto a média nacional sinaliza uma melhora, o comportamento das taxas de desemprego varia significativamente entre os estados. Nos últimos meses, apenas a unidade da federação da Alagoas apresentou uma diminuição de 0,4%, enquanto a maioria das outras nove regiões manteve suas taxas estáveis, com pequenas flutuações. A situação é mais favorável nos estados do Sul e Centro-Oeste, onde Santa Catarina, por exemplo, alcançou um dos menores índices de desemprego, com 2,2%. Outros estados como Rondônia e Mato Grosso também se destacaram, apresentando taxas de 2,3% e 2,8%, respectivamente.
Em contraste, o Nordeste continua a enfrentar desafios, com Pernambuco exibindo a taxa mais alta, de 10,4%. Outros estados nessa região, como Bahia e o Distrito Federal, também apresentaram índices elevados, com 9,1% e 8,7%, respectivamente. A situação reflete as desigualdades regionais persistentes no Brasil, onde a recuperação econômica se dá de maneira desigual, salientando a importância de políticas públicas mais eficazes para fomentar o desenvolvimento e a criação de empregos nesses locais.
William Araújo, pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisou esses dados com otimismo, destacando a resiliência do mercado de trabalho, que tem demonstrado capacidade de enfrentar crises e se adaptar a novas realidades. Especialistas apontam que essa tendência de queda da taxa de desemprego pode contribuir para uma maior confiança por parte de empresas e investidores, promovendo um ambiente mais propício ao crescimento econômico e à geração de novas oportunidades de trabalho em todo o território nacional.