O número absoluto de pessoas desocupadas no país é de 6,8 milhões, o menor desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. Em apenas um trimestre, 510 mil pessoas deixaram de estar desempregadas. Em comparação com o mesmo período de 2023, 1,4 milhão de pessoas saíram da população desocupada.
A taxa de desocupação está 8,8 pontos percentuais abaixo do recorde histórico da PNAD Contínua, que foi de 14,9% no trimestre encerrado em setembro de 2020. Além disso, o número de desocupados está 55,6% abaixo do recorde da série, que aconteceu no primeiro trimestre de 2021, ambas as marcas ainda durante a pandemia de Covid-19.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos permaneceu estável no trimestre, em R$ 3.285, com um crescimento de 3,4% em relação ao ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual atingiu um novo recorde, chegando a R$ 332,7 bilhões, com um aumento de 2,1% no trimestre e 7,2% no ano.
Ainda segundo a PNAD Contínua, o total de pessoas ocupadas no país atingiu um novo recorde, chegando a 103,9 milhões de trabalhadores. Dessa população ocupada, houve um aumento de 25,8% em relação ao menor contingente da série histórica, que foi de 82,6 milhões no trimestre encerrado em agosto de 2020.
Com a alta da ocupação no trimestre encerrado em novembro, o país também alcançou recordes de empregados no setor privado, com 53,5 milhões de trabalhadores, e trabalhadores com carteira assinada, totalizando 39,1 milhões. Além disso, o nível de ocupação atingiu a marca recorde de 58,8%, representando a proporção de pessoas com 14 anos ou mais de idade que estavam trabalhando.
Segundo a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o mercado de trabalho brasileiro está caminhando para registrar recordes em 2024, impulsionado pelo crescimento dos empregados formais e informais.
Em relação aos setores que mais cresceram em ocupação, quatro dos dez grupamentos de atividade investigados pela pesquisa se destacaram. A indústria teve um crescimento de 2,4%, a construção cresceu 3,6%, o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais cresceu 1,2%, e os serviços domésticos tiveram um aumento de 3,0%, totalizando um ganho de 967 mil trabalhadores no trimestre.
Em comparação com o mesmo período de 2023, sete grupamentos apresentaram crescimento, enquanto o grupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve um recuo. A análise dos números reflete uma melhora significativa no mercado de trabalho brasileiro, com aumento da ocupação em diversos setores da economia.
Nesse cenário positivo, a taxa de informalidade também diminuiu, representando um sinal de estabilidade e recuperação econômica. Com a retomada do emprego formal e o crescimento de diversos setores, o mercado de trabalho brasileiro está em uma trajetória de expansão e recuperação, oferecendo novas oportunidades e perspectivas para os trabalhadores.