Os porta-aviões, considerados símbolos de poder marítimo, geralmente transportam caças F-35 e helicópteros Merlin, sendo equipes de aproximadamente 700 tripulantes sua norma. No entanto, a capacidade dos sistemas antinavio, em particular os mísseis hipersônicos desenvolvidos pela China, é uma fonte de crescente preocupação para as forças navais ocidentais. Esses mísseis, com habilidades avançadas de rastreamento e alcance, colocam em xeque a segurança da operação de porta-aviões. A situação é ainda mais complicada pelo aprimoramento, por parte da China, de radares de longo alcance que tornam a identificação e o ataque a esses navios uma tarefa bastante factível.
As análises não se restringem apenas a teorias. Oficiais militares britânicos mencionaram que em diversas simulações as embarcações foram “afundadas”, levantando questionamentos sobre a eficácia e a necessidade da manutenção desses grandes navios na frota atual. A discussão sobre a possibilidade de desativar um dos porta-aviões surge como uma alternativa a ser avaliada, embora isso esbarre nos compromissos do Reino Unido com a OTAN e no contexto geopolítico crescente, que inclui o papel dos Estados Unidos na defesa europeia.
Em suma, enquanto os HMS Queen Elizabeth e HMS Prince of Wales representam investimentos significativos em capacidade de projeção de força, a modernização de ameaças, especialmente da China, pode restringir severamente a eficácia e a longevidade de tais sistemas no campo de batalha. A Marinha Real do Reino Unido, portanto, se vê diante de um dilema complexo: reevaluar sua estratégia de defesa e ajustar sua frota às novas realidades do combate moderno.