Desempenho dos Porta-Aviões Britânicos em Conflitos é Questionado por Modelos de Guerra da Marinha Real



Recentemente, uma análise da Marinha Real do Reino Unido revelou preocupações significativas quanto à viabilidade de seus porta-aviões na eventualidade de um conflito armado. Os porta-aviões HMS Queen Elizabeth e HMS Prince of Wales, que custaram ao governo britânico cerca de 6 bilhões de libras esterlinas, estão se revelando potencialmente vulneráveis nas simulações de combate. Essas simulações indicam que, em muitos cenários, essas embarcações não conseguiriam sobreviver a ataques modernos, especialmente levando em conta a evolução das tecnologias de mísseis.

Os porta-aviões, considerados símbolos de poder marítimo, geralmente transportam caças F-35 e helicópteros Merlin, sendo equipes de aproximadamente 700 tripulantes sua norma. No entanto, a capacidade dos sistemas antinavio, em particular os mísseis hipersônicos desenvolvidos pela China, é uma fonte de crescente preocupação para as forças navais ocidentais. Esses mísseis, com habilidades avançadas de rastreamento e alcance, colocam em xeque a segurança da operação de porta-aviões. A situação é ainda mais complicada pelo aprimoramento, por parte da China, de radares de longo alcance que tornam a identificação e o ataque a esses navios uma tarefa bastante factível.

As análises não se restringem apenas a teorias. Oficiais militares britânicos mencionaram que em diversas simulações as embarcações foram “afundadas”, levantando questionamentos sobre a eficácia e a necessidade da manutenção desses grandes navios na frota atual. A discussão sobre a possibilidade de desativar um dos porta-aviões surge como uma alternativa a ser avaliada, embora isso esbarre nos compromissos do Reino Unido com a OTAN e no contexto geopolítico crescente, que inclui o papel dos Estados Unidos na defesa europeia.

Em suma, enquanto os HMS Queen Elizabeth e HMS Prince of Wales representam investimentos significativos em capacidade de projeção de força, a modernização de ameaças, especialmente da China, pode restringir severamente a eficácia e a longevidade de tais sistemas no campo de batalha. A Marinha Real do Reino Unido, portanto, se vê diante de um dilema complexo: reevaluar sua estratégia de defesa e ajustar sua frota às novas realidades do combate moderno.

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