Desembargadores do TJMS afastados em operação da PF por possível venda de decisões judiciais e organização criminosa.

Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) foram afastados de seus cargos em decorrência da operação Ultima Ratio, realizada pela Polícia Federal. As investigações apontam possíveis crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas dentro do Poder Judiciário do estado.

Os desembargadores afastados são: Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJMS; Vladimir Abreu da Silva; Alexandre Aguiar Bastos; Sideni Soncini Pimentel; e Marco José de Brito Rodrigues. Eles terão que utilizar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessar as dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas.

A operação, deflagrada nesta quinta-feira (24/10), cumpriu 44 mandados de busca contra os magistrados, servidores públicos, nove advogados e empresários suspeitos de se beneficiarem do esquema. As ordens foram realizadas em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT).

Além dos desembargadores, também foram afastados o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de MS, Osmar Domingues Jeronymo, e seu sobrinho, Danillo Moya Jeronymo, que é servidor do TJMS. Outros alvos das investigações incluem um juiz de primeira instância, dois desembargadores aposentados e um procurador de Justiça.

A operação Ultima Ratio é fruto de uma investigação da Polícia Federal iniciada em 2021, cujo nome remete ao princípio do Direito de que a Justiça é o último recurso do Poder Público para combater a criminalidade. A medida visa combater a corrupção e garantir a integridade no sistema judiciário do estado de Mato Grosso do Sul.

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