A situação se tornou ainda mais tensa quando Malu Gaspar, desembargadora que havia sido fotografada ao lado de Moro, solicitou vista do processo, interrompendo momentaneamente o julgamento. Algumas declarações feitas durante a sessão também contribuíram para acirrar os ânimos, como as palavras de Falavinha em defesa da inocência de Moro, alegando que a cassação poderia prejudicar futuras candidaturas.
Após a manifestação de Sade, em que ele enumerou cinco premissas que comprovariam o abuso de poder econômico por parte de Moro, o placar do julgamento ficou empatado, com um voto para cada lado. A desembargadora Claudia Cristina Cristofani então pediu vista do processo, adiando a decisão para a próxima segunda-feira.
A principal alegação de Sade foi de que os gastos exorbitantes da pré-campanha de Moro teriam provocado um desequilíbrio na disputa eleitoral, prejudicando a equidade do pleito. Segundo o desembargador, os custos com segurança, viagens e empresas contratadas teriam sido excessivos, influenciando de forma negativa na competição pelo cargo de senador.
Por outro lado, o relator do caso, Luciano Carrasco Falavinha, se manifestou contrário à cassação do mandato de Moro, alegando que não há precedentes suficientes para tal medida. Falavinha defendeu que a soma dos gastos de pré-campanha não seria motivo suficiente para declarar abuso de poder econômico, enfatizando a importância de ser criterioso ao restringir os direitos políticos dos candidatos.