No entanto, a sessão foi interrompida devido ao pedido de vista feito pelo desembargador Marcello Granado, adiando a continuação do julgamento para a próxima quinta-feira (23), às 15h30. As acusações incluem a chamada “folha de pagamento secreta”, que envolveu milhares de cargos temporários nos órgãos públicos mencionados. Os réus enfrentam investigações por abuso de poder em diversas esferas e uso indevido dos meios de comunicação.
Durante a sessão, o relator votou pela cassação dos mandatos de Cláudio Castro, Thiago Pampolha e Rodrigo Bacellar, bem como defendeu a inelegibilidade de alguns réus por oito anos, a partir de 2022, e multas para outros. Além disso, duas ações de investigação foram ajuizadas, uma por Marcelo Freixo e outra pelo Ministério Público Eleitoral, envolvendo a cassação de mandato dos acusados.
A acusação argumentou que as contratações foram feitas sem critérios adequados, prejudicando a legitimidade das eleições de 2022. Já a defesa do governador Cláudio Castro alegou que as contratações foram feitas de forma legal e que ele não teve participação ativa nas irregularidades apontadas. A procuradora eleitoral destacou o desvio de finalidade dos atos da Fundação Ceperj, que teriam sido utilizados para beneficiar os investigados na campanha eleitoral.
Com sete votos a serem proferidos, o caso envolve discussões complexas sobre a legalidade das ações dos acusados e a suposta interferência indevida do governo nas eleições. A decisão final será fundamental para definir os rumos da política no estado do Rio de Janeiro e a responsabilidade dos envolvidos nas supostas irregularidades cometidas.