A sessão teve um momento de destaque quando Rosangela Moro ironizou um projeto de lei do deputado do PT que proíbe mudança de domicílio durante o mandato. Além disso, houve uma análise detalhada sobre os gastos de campanha do senador, com Falavinha defendendo que não houve abuso de poder econômico, enquanto Sade argumentou que houve excessos que desequilibraram a disputa eleitoral.
O julgamento foi suspenso na semana passada após pedido de vista da desembargadora Claudia Cristina Cristofani. Moro responde a duas ações de investigação judicial eleitoral (AIJEs) apresentadas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PV e PCdoB. A maioria dos sete membros do tribunal precisa julgar Moro como culpado para que o senador perca o mandato.
Falavinha destacou a notoriedade do senador como um argumento a favor da absolvição, mencionando a exposição midiática que Moro teve durante a Operação Lava-Jato. Por outro lado, Sade alegou que o ex-juiz teria se aproveitado de recursos financeiros de forma desproporcional, causando desequilíbrio na disputa eleitoral.
O caso da ex-senadora Selma Arruda também foi citado durante o julgamento, com Falavinha afirmando que não há ligação entre o caso dela e o de Moro, enquanto Sade utilizou o exemplo para embasar seu voto. Os advogados do senador defendem que não houve irregularidades na pré-campanha e que a legislação eleitoral foi seguida.
O desfecho desse julgamento é aguardado com expectativa, já que o mandato de Sergio Moro está em jogo. Caso a cassação seja confirmada, um novo pleito será realizado e diversos nomes já são cogitados como possíveis candidatos. A decisão final caberá aos membros do TRE-PR, que terão a difícil tarefa de analisar todas as provas e argumentos apresentados durante as sessões do julgamento.