A decisão do magistrado sustenta que um acordo previamente homologado entre os dirigentes da CBF está anulado, em virtude de suspeitas sobre a capacidade mental de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, além de indícios de falsificação em sua assinatura. O afastamento de Ednaldo Rodrigues, que estava em Assunção participando de um congresso da FIFA, marca sua segunda destituição; a primeira ocorreu em dezembro de 2023, quando ele conseguiu reverter a decisão no Supremo Tribunal Federal (STF) após um mês.
A crise na CBF se intensificou após pedidos feitos ao STF que questionaram a legalidade da assinatura do Coronel Nunes em um acordo que, no início deste ano, encerrava uma disputa sobre o processo eleitoral da entidade e, na prática, garantiu a continuidade de Ednaldo na presidência. Segundo os requisitantes, a falsificação da assinatura tornaria o acordo nulo.
O caso voltou a ser analisado pelo TJ-RJ após uma determinação do ministro Gilmar Mendes, que havia solicitado uma “apuração imediata e urgente” sobre os fatos citados. Na última segunda-feira, o desembargador Zéfiro tentou ouvir Coronel Nunes, mas a audiência foi cancelada devido à ausência do ex-presidente por motivos de saúde. Posteriormente, a decisão que culminou no afastamento de Ednaldo foi anunciada.
Este episódio ocorre em um momento crítico para a CBF, com Ednaldo Rodrigues buscando apoio em meio a uma batalha judicial. Na tentativa de amealhar respaldo público, ele havia anunciado recentemente a contratação do renomado técnico Carlo Ancelotti, ainda sem confirmação do Real Madrid sobre a transição do treinador.
Além disso, Ednaldo também se reuniu na terça-feira com presidentes de federações em um esforço para tranquilizar os dirigentes sobre sua permanência no cargo. No encontro, o corpo jurídico da entidade apresentou uma estratégia que visava garantir a segurança jurídica de Ednaldo, mas, diante das recentes decisões, a expectativa sobre uma possível reviravolta no STF persiste.
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