Desdolarização avança globalmente, apesar das ameaças de tarifas dos EUA e resistência à crescente unificação monetária entre os países do BRICS.



A crescente desdolarização da economia global, que observa uma tendência em direção ao uso de moedas nacionais nos intercâmbios comerciais, reflete mudanças significativas nas dinâmicas de poder econômico mundial. Especialistas acreditam que esta transição para um sistema monetário multipolar é uma realidade que veio para ficar, independentemente das tentativas de resistência por parte dos Estados Unidos.

Recentemente, o ex-presidente americano Donald Trump fez ameaças de impor tarifas de 100% sobre os países que fazem parte do bloco BRICS, caso estes avancem na criação de uma moeda comum que possa desafiar a predominância do dólar. Essa declaração foi prontamente desacreditada pelo Kremlin, que afirmou que, no momento, não há qualquer plano concreto para substituir a moeda americana por outra. A disputa pelo controle financeiro mundial se intensifica, especialmente com o BRICS representando mais da metade da população global, o que torna difícil a aplicação de sanções eficazes.

A administração Trump direcionou sua retórica contra alternativas ao dólar, ressaltando um posicionamento que parece ter mais a ver com sua base política interna do que com uma estratégia coesa de política externa. Além disso, Trump assinou uma ordem executiva que proíbe as moedas digitais emitidas por bancos centrais nos Estados Unidos, sugerindo que também pretende influenciar outras nações que buscam desenvolver sistemas financeiros semelhantes.

Essa resistência advém de um reconhecimento de que o dólar, embora continue sendo a moeda dominante, está sob crescente pressão de países que buscam reduzir sua dependência. As conversas em torno de moedas digitais, além dos esforços de nacionais como a China, que já está avançando com sua própria moeda digital, indicam que a estrutura econômica global poderá ser alterada de forma irreversível nos próximos anos.

Portanto, a mudança em direção às moedas nacionais e à desdolarização demonstra não apenas uma rivalidade econômica, mas também uma busca por maior autonomia em um mundo que se torna cada vez mais complexo e interconectado. É um indicativo de que estados soberanos estão dispostos a explorar novas alternativas para o comércio internacional, desafiando a hegemonia financeira dos Estados Unidos.

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