Descobrerto na Sibéria, filhote de mamute de 50 mil anos é considerado uma das melhores carcaças já encontradas, revela Museu da Universidade Federal do Nordeste.

Na Sibéria, uma descoberta arqueológica impressionante está encantando cientistas e entusiastas da paleontologia. Um corpo de mamute, datando de aproximadamente 50 mil anos, foi encontrado em um estado de preservação notável na cratera Batagaika, localizada no norte da república russa da Yakútia. As partes do corpo foram descobertas por moradores locais em junho deste ano, e o estudo do espécime revelou tratar-se de uma fêmea jovem, com cerca de um ano de idade, medindo 120 centímetros na altura da cernelha e com comprimento inferior a dois metros.

O reitor da Universidade Federal do Nordeste, Anatoly Nikolaev, e o diretor do Museu do Mamute da mesma instituição, Maksim Cheprasov, apresentaram a descoberta em uma coletiva de imprensa. Cheprasov destacou a singularidade do achado, ressaltando que se trata de uma das melhores carcaças de mamute já encontradas no mundo. Embora seis restos de mamutes tenham sido descobertos globalmente até agora, cinco deles foram na Rússia, o que evidencia a relevância do país para a paleontologia de mamutes.

O ambiente da Sibéria, caracterizado por uma vasta área de pergelissolo — uma camada de solo permanentemente congelada — tem se mostrado propício para a preservação de restos de animais e plantas da era glacial. O pergelissolo, que se formou durante a última era glacial, está começando a derreter, revelando uma riqueza de fósseis que ajuda os cientistas a entender melhor a fauna pré-histórica da região.

Os moradores locais desempenharam um papel crucial na recuperação do mamute, construindo uma maca improvisada para elevar o corpo da cratera. Após a coleta, os restos do mamute foram levados para Yakutsk, onde a Universidade Federal do Nordeste iniciou a análise genética preliminar. Em homenagem ao rio Yana, que passa pela região, o filhote recebeu o nome de “Yana”.

Esse encontro com o passado remoto não apenas encanta a comunidade científica, mas também reforça a importância da Sibéria como um local de grandes descobertas paleontológicas, constantemente proporcionando novos insights sobre a vida e fauna que habitaram o planeta durante a Era do Gelo. As pesquisas sobre Yana prometem enriquecer o conhecimento sobre os mamutes e seu habitat, contribuindo para um entendimento mais profundo da história natural do nosso planeta.

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