Durante os trabalhos, uma equipe de arqueólogos descobriu não apenas uma estrutura urbana da antiga Antióquia, mas também duas estatuetas de terracota que datam entre 300 e 200 a.C. Esses fragmentos, que incluem a representação da cabeça e parte do tronco de um sofista — uma figura de destaque entre os filósofos da época — ressaltam o caráter intelectual e educacional da cidade. A descoberta é particularmente relevante, pois, segundo a pesquisa, esta é a primeira vez que fragmentos de estatuetas helenísticas são encontrados em escavações arqueológicas na região.
A professora Pamir apontou que os artefatos oferecem uma rara visão sobre a vida intelectual da Antióquia antiga, uma cidade que sempre foi reconhecida por suas instituições de ensino. Ela explicou que a estatueta representando o sofista sugere a presença de educadores itinerantes que disseminavam conhecimento e cultura, destacando a importância da educação na época.
Além disso, a técnica utilizada para criar as estatuetas chama a atenção: ao contrário do que se poderia pensar, as peças não foram moldadas, mas sim esculpidas à mão por um artista, Preservando sua originalidade e singularidade. Essa descoberta não apenas contribui para a compreensão da arte e da filosofia daquela época, mas também sublinha a importância dos centros urbanos na preservação e transmissão do conhecimento.
Ainda há muito a ser explorado nas escavações, mas esses achados já fazem ecoar as vozes de um passado distante, onde o saber era o alicerce da sociedade. As pesquisas vão continuar, alimentando a curiosidade sobre as civilizações que habitaram essa rica parte da história da humanidade.