Descoberto primeiro aqueduto romano na Eslováquia, revelando segredos da infraestrutura do século II e artefatos da Idade do Ferro em escavações arqueológicas.



Recentemente, arqueólogos realizaram uma descoberta significativa na Eslováquia, revelando o primeiro aqueduto romano conhecido no país, datado do século II d.C. Esta importantíssima estrutura foi encontrada na área de uma mansão neogótica do século XIX, conhecida como Rusovce Manor, que atualmente passa por um processo de renovação. A presença de um aqueduto nesta região destaca a sofisticação da infraestrutura romana e sua capacidade de conectar os assentamentos da época.

O aqueduto, que se estende por 30 metros, foi projetado para transportar água, provavelmente para uma casa de banhos utilizada por soldados no acampamento romano de Gerulata, situado nas proximidades. De acordo com os arqueólogos, a estrutura de pedra e tijolos foi cuidadosamente construída com uma leve inclinação, um recurso inteligente que permitia a fluência da água. Infelizmente, a originalidade do aqueduto foi comprometida ao longo dos anos, com partes da estrutura sendo destruídas por construções posteriores.

Os pesquisadores também identificaram inscrições em alguns dos tijolos, incluindo a marca “C Val Const Kar”, que é interpretada como um indicativo da oficina de Gaius Valerius Constans, um fabricante ativo em Carnuntum, na atual Áustria. Essa descoberta fornece uma janela valiosa sobre a cronologia, sugerindo que o aqueduto esteve em operação até o final do século II d.C. antes de ser enterrado e, consequentemente, preservado ao longo dos séculos.

Além do aqueduto, a escavação trouxe à luz uma série de artefatos fascinantes, incluindo cerâmicas de alta qualidade, vestígios de vidros de janelas, uma pulseira de prata e até uma bolsa contendo moedas antigas. Entre os achados, destaca-se um forno medieval, utilizado inicialmente para a fabricação de tijolos e depois adaptado para queimar cal, o que dá indícios sobre os processos industriais e a evolução do local durante várias épocas.

Outro aspecto intrigante da escavação foi a identificação de uma grande estrutura circular subterrânea, que se acredita ter sido uma casa de gelo utilizada pela família Zichy no século XIX, empregada para armazenar gelo com o intuito de conservar alimentos e refrigerar bebidas. Essas descobertas não apenas iluminam a história romana na Eslováquia, mas também oferecem uma compreensão mais ampla da continuidade da ocupação humana e das suas atividades ao longo dos anos.

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