O que torna essa descoberta particularmente significativa são as imagens esculpidas nas placas. Inicialmente, os desenhos, que se assemelham a redes de pesca com peixes capturados dentro, eram quase invisíveis a olho nu. No entanto, com a utilização de tecnologias modernas, pesquisadores da Universidade de Durham conseguiram visualizar novas gravuras em pelo menos oito dessas placas. As ilustrações são consideradas uma janela para a prática de pesca entre os povos do Paleolítico Superior, que existiram entre 20.000 e 14.500 anos atrás.
Além das representaçõe de pesca, os arqueólogos também encontraram outras figuras esculpidas que retratam humanos vestindo roupas, indicando que esses antigos povos tinham acesso a tecidos. Esse aspecto é crucial, pois sugere o desenvolvimento de habilidades têxteis e a complexidade social existente na época.
As 406 placas de ardósia encontradas mostram o potencial de novas pesquisas arqueológicas na área, pois oferece uma perspectiva antiga sobre a vida cotidiana e as práticas de subsistência. Este tipo de descoberta não apenas enriquece o conhecimento sobre a evolução da tecnologia e das culturas, mas também destaca a importância de métodos avançados de análise para revelar informações que ficaram ocultas por séculos. Interpretações erradas ou incompletas do passado podem ser corrigidas e ampliadas à medida que novas tecnologias se tornam disponíveis, ajudando assim a reescrever a história humana.
Com isso, os arqueólogos nos fornecem uma imagem mais clara das capacidades e os modos de vida dos nossos ancestrais, revelando que a conexão com a natureza e a adaptação ao ambiente são aspectos profundamente enraizados na história da humanidade.