As pegadas, localizadas nas proximidades do riacho de Casarzano, incluem impressões de humanos e animais. As análises indicam que essas marcas foram deixadas mais de mil anos antes da famosa erupção de 79 d.C., que devastou as cidades de Pompeia e Herculano. Segundo a Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem da região, as pegadas oferecem uma visão tocante do desespero e da luta pela sobrevivência enfrentada pelas pessoas da época, incluindo homens, mulheres e crianças, que estavam descalços ou calçados de maneira simples, tentando escapar da ameaça do vulcão.
Além das pegadas, a equipe de arqueólogos também encontrou enterros de indivíduos em túmulos cobertos por lajes de rocha vulcânica. Alguns desses túmulos possuem decorações elaboradas feitas por entalhes. A pesquisa no local sugere que a área foi um importante assentamento entre o final da Idade do Bronze e o início da Idade do Ferro, com datações que podem variar entre 1200 e 1150 a.C.
Essas descobertas não apenas iluminam aspectos da vida cotidiana dos povos antigos que habitavam essa região da Itália, mas também adicionam uma nova camada de entendimento sobre as erupções vulcânicas e os impactos que tiveram na sociedade da época. Com o avanço das pesquisas arqueológicas, espera-se que mais segredos sobre a antiga civilização da região possam ser revelados, proporcionando uma conexão tangível entre o passado e o presente.