O Conselho Nacional de Cultura, Artes e Letras do Kuwait (NCCAL) anunciou a descoberta, informando que ela inclui não apenas as fundações rochosas de um edificado, mas também uma parede interna e uma entrada que permite o acesso a uma sala. Esta sala contém restos de paredes rebocadas e uma variedade de artefatos cerâmicos, todos com mais de dois mil anos de idade. Esses elementos são cruciais para entender a vida cotidiana dos habitantes da região durante aquele período.
Os vestígios arqueológicos se estendem por cerca de 500 metros ao longo da costa e 250 metros para o interior, apresentando uma impressionante diversidade de estruturas feitas de calcário, tijolos de barro e cerâmica, consolidando a importância do sítio Al-Qurainiya como um dos maiores locais arqueológicos da Ilha Failaka. O Dr. Hassan Ashkanani, professor de Arqueologia e Antropologia na Universidade do Kuwait, elogiou a descoberta, que amplia o conhecimento sobre a presença helenística na região, sugerindo que o local poderia ter sido um ponto estratégico ou porto durante a antiguidade.
O chefe da equipe de escavações, Dr. Andrea De Micheli, da Universidade de Perugia, anunciou que o foco das próximas escavações em 2025 será a parte ocidental do assentamento, que precede o período islâmico. As escavações anteriores já haviam revelado evidências de ocupação humana no local que datam de mais de 1.800 anos, evidenciando uma continuidade de assentamento que se estende desde períodos pré-islâmicos até os primeiros e tardios períodos islâmicos.
Essas descobertas não apenas iluminam o passado histórico da Ilha Failaka, mas também ressaltam a relevância de pesquisas contínuas na região, que promete desvendar ainda mais segredos sobre civilizações antigas que habitaram esta parte do mundo.