O estudo detalha que, há aproximadamente 110 milhões de anos, um dinossauro se alimentou de um pterossauro e regurgitou parte de seu conteúdo sem que ele fosse completamente digerido. Embora o motivo para essa regurgitação permaneça incerto, a descoberta é significativa, uma vez que a região onde foi encontrado o fóssil era, durante o período em questão, um mar raso. As camadas de calcário que se formaram na área desempenharam um papel crucial na preservação de restos de fauna e flora até os dias atuais, atraindo a atenção da comunidade paleontológica mundial.
A pesquisa, que envolveu a colaboração entre cientistas brasileiros, britânicos e norte-americanos, foi publicada na respeitada revista científica PLoS One. Os pterossauros, conhecidos por seu voo ativo, dominaram os céus durante quase 160 milhões de anos, ocupando diversos nichos ecológicos. Os vestígios desses répteis voadores foram encontrados em todos os continentes, embora a China se destaque quando se trata de novas descobertas e classificação de espécies.
Essa nova análise sobre o vômito fossilizado não apenas contribui para a compreensão das interações entre espécies extintas, mas também ilumina a história geológica da América do Sul durante uma era crucial na história da Terra, quando o supercontinente Pangeia estava se fragmentando e dando origem ao Oceano Atlântico. A relevância dessa pesquisa se estende além do mero interesse acadêmico, pois pode fornecer um contexto mais amplo sobre a evolução e a extinção de espécies que moldaram a biodiversidade que conhecemos hoje.









