Descoberta na Arábia Saudita Revela Arte Rupestre de Comunidades Humanas com 12 Mil Anos de História e Identidade Cultural Rica.

Recentes descobertas arqueológicas no norte da Arábia Saudita oferecem um vislumbre fascinante da vida de comunidades humanas que habitaram a região há aproximadamente 12 mil anos, logo após o fim do Último Máximo Glacial. Um grupo internacional de arqueólogos, em uma expedição nas áreas de Jebel Arnaan, Jebel Mleiha e Jebel Misma, revelou a presença de vestígios culturais que podem mudar nossa compreensão sobre a história da ocupação humana na Península Arábica.

Esses pesquisadores se depararam com mais de 60 painéis de arte rupestre em locais até então inexplorados, localizados na borda sul do deserto de Al-Nafud. O trabalho resultou na catalogação de 176 gravuras, sendo 130 delas de tamanho real, o que demonstra um nível de habilidade artística e um compromisso com a expressão criativa que desafia preconceitos sobre a complexidade cultural das populações pré-históricas.

A arqueóloga Maria Guagnin, do Instituto Max Planck, destacou a importância dessas gravuras. Segundo ela, essas expressões artísticas não devem ser vistas meramente como arte rupestre; elas provavelmente serviam como “declarações de presença, acesso e identidade cultural” das comunidades que ali viviam. Essa perspectiva sugere que a arte e a identidade estavam profundamente entrelaçadas na vida cotidiana dessas populações.

Esses achados não apenas iluminam o passado remoto do deserto da Arábia Saudita, mas também ressaltam o papel crucial da água na formação de assentamentos humanos. Observando as fontes de água sazonais que guiavam esses grupos, os arqueólogos conseguem traçar um panorama mais claro das condições ambientais e sociais que moldaram a trajetória da civilização.

Se confirmadas mais investigações e estudos, essas descobertas poderão revolucionar a nossa compreensão sobre as migrações humanas, a adaptação ao ambiente e os laços culturais formados na Arábia Saudita, assim como em outras partes do mundo. Esta pesquisa, portanto, não é apenas um testemunho do passado, mas também uma ponte para entender as interações culturais que moldam a humanidade ao longo dos milênios.

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