As paredes do túnel são formadas por grandes blocos de calcário polido, enquanto seu teto é coberto com uma rocha dura conhecida localmente como “Al-Salal”. Com o passar do tempo, o interior do túnel foi progressivamente coberto por sedimentos de lama, o que sugere que a estrutura tem raízes que remontam aos períodos Sabaean ou Himyarite, épocas conhecidas pelo extraordinário manejo da água e pelos avanços civis no Iêmen.
A descoberta foi feita acidentalmente durante a construção de uma estrutura destinada à captação de água da chuva e das inundações. Essa situação levou à interrupção das obras e ao início de intervenções científicas para investigar o túnel danificado. Essa descoberta ressalta não apenas a engenhosidade da engenharia hídrica antiga, mas também as técnicas sofisticadas utilizadas para capturar, armazenar e gerenciar água em um ambiente árido.
Além de iluminar o passado, o túnel descoberto também serve como um recurso educacional valioso para a conservação do patrimônio. Acompanhando a crescente preocupação com a gestão sustentável dos recursos naturais, essa estrutura histórica oferece insights sobre práticas antigas que podem informar abordagens modernas para a sustentabilidade.
Assim, essa descoberta não apenas propicia um aprofundamento no entendimento da continuidade civilizacional do Iêmen, mas destaca a importância crucial da administração de recursos hídricos na história da região, evidenciando um legado que perdura até os dias atuais.
