Esse achado intrigante não é a única novidade da temporada de escavações. Em uma série de fossos sacrificiais relacionados a um sepultamento de alto status, arqueólogos também descobriram os restos de um jovem garanhão. As pernas do animal foram removidas e partes de seu corpo foram consumidas, possivelmente durante um banquete ritual. O crânio e os ossos foram dispostos em um fosso oval e cobertos com cinzas, sugerindo um culto ctônico de decapitação, que simbolizava renascimento e regeneração.
A época do local foi apurada através da descoberta de moedas de Fárnaces II, rei com origens persas e macedônicas, que datam de 63 a 47 a.C. Essas moedas são extremamente raras e ajudam a traçar as fases de ocupação e as relações políticas entre a região e Roma.
O significado do grafite ainda é um mistério; pode abranger dedicações, encantamentos ou mesmo invocações ritualísticas. Para os estudiosos, essa descoberta vai muito além de um simples achado. Ela pode redefinir o entendimento sobre como religião, escrita e poder coexistiram e interagiram no contexto do mundo bósforo-romano. Essa nova pesquisa promete abrir portas para um entendimento mais profundo das dinâmicas culturais e religiosas daquela época.