A equipe de especialistas, composta por profissionais de diferentes áreas, se dedicou a analisar não apenas os fragmentos de cerâmica, mas também revestimentos de fornos e resíduos de combustão. Usando métodos sofisticados de análise mineralógica e microscópica, conseguiram compreender melhor as práticas de fabricação da época, incluindo a construção dos fornos e a temperatura utilizada durante o processo de queima. Descobriram que os ceramistas empregavam fornos simples de tiragem ascendente, operando a baixas temperaturas, geralmente abaixo de 900 °C, com uma abordagem que combinava formas e funções distintas durante a cozedura.
Uma característica notável da produção de cerâmica encontrada foi a uniformidade tecnológica. Apesar da diversidade nas formas e acabamentos dos vasos, todos partilhavam uma estrutura modular que permitia flexibilidade nas etapas iniciais de fabricação. Essa modularidade era apoiada por técnicas persistentes, como o enrolamento em roda e o polimento, que eram amplamente utilizadas ao longo da Idade do Ferro.
Além do que foi descoberto no local, investigações geofísicas indicam a presença de uma rede de oficinas distribuidas por toda a área, que atendia não apenas as necessidades locais, mas também as demandas regionais. Essa organização das oficinas dentro da trama urbana e a prática de reutilização dos fornos sugerem um nível de complexidade e cooperação comunitária, o que representa um avanço no entendimento da dinâmica social e econômica das culturas da Idade do Ferro na Mesopotâmia.
Esse achado não apenas lança luz sobre técnicas de produção cerâmica, mas também revela a interconexão entre artefatos e práticas sociais cotidianas da época, indicando uma gestão eficiente dos recursos e um aprofundamento do conhecimento coletivo nas comunidades dessa antiga civilização.
