A descoberta é especialmente significativa devido ao afresco encontrado na casa, que retrata o famoso mito de Hipólito e Fedra, levando os pesquisadores a nomear o local provisoriamente de “Casa de Fedra”. Esse afresco, que apresenta cores vibrantes e detalhes minuciosos, é apenas um dos muitos elementos decorativos que adornam as paredes da casa. Entre os outros afrescos, é possível encontrar cenas de mitologia, incluindo um encontro entre um sátiro e uma ninfa, além de representações dos deuses Vênus e Adônis.
Além da beleza estética, a casa oferece novas perspectivas sobre as mudanças nos estilos arquitetônicos que ocorreram no primeiro século d.C. Diferentemente de muitas construções da época, que eram centradas em um átrio romano tradicional, a estrutura apresenta um design único que desafia algumas das convenções arquitetônicas conhecidas na Pompeia da época.
A cidade, assim como sua zona rural, encontra-se sob uma camada significativa de cinzas vulcânicas desde a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C., que preservou não apenas os prédios, mas também as vidas de muitos dos seus habitantes. Essa erupção devastadora surpreendeu os cidadãos da cidade, que não sabiam que estavam vivendo à sombra de um dos vulcões mais ativos da Europa.
As escavações continuam a revelar detalhes fascinantes sobre a vida na antiga Pompeia, permitindo que os estudiosos e o público em geral tenham vislumbres do cotidiano e das expressões artísticas daquela época. As descobertas não apenas ampliam nosso conhecimento sobre as práticas culturais e sociais dos romanos, mas também destacam a importância das artes na vida cotidiana, proporcionando uma ligação palpável com o passado.