Ao analisar as escamas, que apresentam um centímetro de largura e cerca de 0,2 centímetro de espessura, os especialistas identificaram que a armadura foi fabricada a partir de uma combinação de ferro, bronze e couro envernizado. Essa composição sugere que a tecnologia de armamento da época estava bastante avançada, apresentando um refinamento notável na fabricação de armaduras. A descoberta é especialmente significativa, pois representa a primeira vez que uma armadura desse tipo foi recuperada de um túmulo da Dinastia Han, o que oferece um novo entendimento sobre as práticas de guerra e a proteção dos nobres durante aquele período.
Os arqueólogos também notaram que, ao contrário da prática comum dos guerreiros daquela época, que geralmente utilizavam armaduras feitas de um único material, a armadura do marquês de Haihun harmoniza a utilização de diferentes substâncias. Bai Rongjin, um dos pesquisadores envolvidos, destacou que a singularidade desses materiais e estilos reflete a inovação e a versatilidade que caracterizavam o armamento da Dinastia Han.
Durante o processo de escavação, as camadas de armadura foram encontradas em um estado que sugere que haviam sido armazenadas em caixas de laca, que, infelizmente, se deterioraram devido ao tempo. As escamas e outros artefatos de combate, como espadas, foram encontradas empilhadas, o que indica um cuidado específico na preservação desses itens ao longo dos séculos.
Essa descoberta tem um valor inestimável não apenas para a compreensão da história militar da China antiga, mas também para a análise das técnicas de produção de armaduras que eram utilizadas em um dos períodos mais ricos da história chinesa. Com novas pesquisas em andamento, os arqueólogos esperam revelar ainda mais segredos escondidos sob a superfície do túmulo de Liu He, iluminando um passado longínquo e fascinante.