Ao encontrar o tesouro, o descobridor prontamente notificou as autoridades arqueológicas da cidade de Koblenz, situada às margens do rio Reno. Uma escavação subsequente revelou aproximadamente 2.940 moedas, além de mais de 200 fragmentos de prata ornamentados com desenhos geométricos, que estavam enterrados dentro de um vaso de cerâmica quebrado, escondido entre as rochas da localidade. Essa particularidade acrescenta um valor histórico significativo à descoberta, pois o vaso é compatível com as técnicas de cerâmica romanas do século III d.C.
A identificação das moedas, no entanto, não é uma tarefa simples. Devido ao seu estado de conservação deteriorado, até o momento apenas cerca de 100 delas foram claramente identificadas. A maioria das moedas retrata em um lado um imperador romano ou gaulês, enquanto o verso exibe imagens de divindades como Hércules e Marte. Entre as moedas encontradas, algumas são conhecidas como “antoniniani”, uma moeda de prata que era amplamente utilizada durante o Império Romano, embora muitas delas sejam predominantemente de bronze com um revestimento de prata.
As moedas descobertas variam em idade; algumas datam do governo do imperador Gordianus III, que reinou entre 238 e 244 d.C., enquanto as mais recentes têm vínculo com o imperador gaulês Victorinus, que governou entre 269 e 271 d.C. Esse tesouro, misteriosamente localizado longe das fronteiras e assentamentos romanos conhecidos, continua a intrigar os arqueólogos, que se questionam sobre como e por que essas moedas foram parar naquela região. A expectativa é que, à medida que os estudos avancem, novas informações sobre este valioso achado arqueológico sejam reveladas.