Descoberta Arqueológica na Geórgia Revela Práticas Agrícolas da Idade do Bronze e Transformações Ambientais no Cáucaso

Um recente estudo arqueológico revelou a primeira cronologia clara do Monte Tabakoni, um sítio da Idade do Bronze localizado nas planícies de Colchis, na Geórgia. Este monte, que data do século XX a.C., é crucial para a compreensão das práticas agrícolas e das adaptações ambientais dos povos que habitaram a região do Cáucaso, ao longo da costa oriental do Mar Negro.

As escavações revelaram uma sequência complexa de ocupação, na qual os moradores do monte não apenas abandonaram e reocuparam a área, mas também promoveram uma contínua reconstrução. Esse processo de desenvolvimento gradual reflete as mudanças nas necessidades da comunidade ao longo do tempo. As evidências arqueológicas encontradas indicam que o local foi habitado de maneira recorrente, mas não ininterrupta, desde a Idade do Bronze até o início do primeiro milênio a.C.

A análise estratigráfica e os métodos de datação avançados utilizados durante as escavações foram fundamentais para mapear as diferentes fases de construção do monte. Entre as descobertas mais significativas está o cultivo do milheto, que aponta para práticas agrícolas adaptadas às condições climáticas e geográficas locais. Essas evidências sugerem que a agricultura desempenhou um papel vital na economia e na sobrevivência das comunidades antigas da região.

Compreender a evolução do assentamento em Tabakoni não se limita apenas à coleta de artefatos, mas também envolve um olhar atento às transformações sociais e econômicas que ocorreram ali. As ocorrências de aterro e nivelamento das estruturas anteriores indicam uma cuidadosa consideração na utilização do espaço, alinhando-se às necessidades que surgiram ao longo dos séculos.

O abandono final do monte na segunda metade do primeiro milênio a.C. sinaliza o término de uma rica e complexa história habitacional, deixando perguntas abertas sobre o que levou ao declínio das práticas e modos de vida que ali existiram. Neste sentido, o estudo de Tabakoni não apenas enriquece o campo da arqueologia, mas também contribui para uma maior compreensão das dinâmicas sociais e ambientais dos povos antigos do Cáucaso.

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