Além dos túmulos gauleses, foi descoberta uma necrópole datada do século I d.C., que abriga os restos de 22 crianças, possivelmente com um ano de idade. Os arqueólogos notaram que essas crianças foram enterradas em posições tradicionais, deitadas sobre as costas ou de lado. Algumas sepulturas continham itens funerários, como moedas e cerâmicas, e é possível que algumas das crianças tenham sido colocadas em caixões de madeira, que se deterioraram com o tempo.
Os cientistas, parte do Instituto Nacional de Pesquisa Arqueológica Preventiva (INRAP), estão particularmente interessados em investigar o status social dos indivíduos enterrados. O tratamento funerário dos corpos sugere que eles poderiam ter pertencido a figuras de importância política ou religiosa, ou a seus parentes. Essa possibilidade abre um leque de questões sobre a hierarquia e as práticas sociais dos gauleses na época.
Além das sepulturas, os arqueólogos descobriram vestígios de atividades agrícolas, como antigas covas de plantação datadas do período galo-romano, sugerindo que o local, antes um cemitério, foi posteriormente transformado em uma área de cultivo. Evidências adicionais, como crânios de bovinos do século XVI ou XVII, indicam que o espaço pode ter sido utilizado como um açougue em períodos posteriores, refletindo as mudanças no uso do solo ao longo dos séculos.
Essas descobertas estão lançando nova luz sobre as práticas funerárias e sociais dos gauleses, revelando aspectos da vida e da morte em uma época marcada por transformações culturais significativas. O estudo contínuo desses achados pode oferecer um entendimento mais profundo sobre as dinâmicas sociais e as práticas cotidianas dos antigos habitantes da região.