O arqueólogo municipal Tobias Schoo, que lidera a pesquisa, destacou que a área tem um histórico de ocupação que remonta à Idade do Bronze Final, aproximadamente no século VIII a.C., e abrange até a Antiguidade Tardia e a Era das Migrações, que se estende até o século IV d.C. As escavações identificaram mais de 100 fornos de fundição e várias fornalhas de aquecimento, o que indica uma intensa atividade de metalurgia e processamento de ferro. Esse tipo de atividade era crucial para a economia regional naquele período e evidencia a importância do local nas rotas comerciais romanas.
Além dos fornos, os arqueólogos descobriram uma variedade de artefatos significativos. Entre eles, estão fragmentos de cerâmica decorada, um fuso utilizado para a produção de têxteis e um raro denário romano de prata datado do início do século II d.C., encontrado por um voluntário, que usava um detector de metais. Esses achados não apenas corroboram a ideia de um centro industrial vibrante, mas também ressaltam a vida cotidiana e os costumes da época.
O projeto de desenvolvimento do parque empresarial Bilmer Berg II conta com a colaboração das autoridades locais, que estão empenhadas em preservar a rica herança histórica da região enquanto promovem o crescimento econômico. O chefe de gestão de terras da WLH, René Meyer, confirmou que as obras estão dentro do cronograma e que a cerimônia de inauguração do parque está agendada para o final de novembro.
Essas escavações não apenas iluminam a rica história da Baixa Saxônia, mas também oferecem uma oportunidade única para entender as dinâmicas sociais e econômicas do passado, ao mesmo tempo que demonstram a importância da preservação arqueológica em face do desenvolvimento moderno.