Descoberta Arqueológica em Belize Revela Aldeia Maia Submersa e Riqueza Surpreendente de Seus Habitantes. Exploradores Desvendam Mistérios de Uma Civilização Antiga.

Descoberta Arqueológica em Belize Revela Aldeia Maia Submersa e Riquezas Inesperadas

Num mundo frequentemente fascinado pelas civilizações antigas, uma recente descoberta no Belize desnuda os segredos de uma aldeia maia submersa há quase dois mil anos. Investigadores, liderados pela antropóloga Heather McKillop da Universidade da Louisiana, adentraram a lagoa Punta-Hicacos, onde a equipe há três anos examinava os vestígios de uma comunidade que sobreviveu às águas.

Os arqueólogos utilizaram instrumentos de flotação, comumente empregados na busca por naufrágios, para identificar objetos subaquáticos em uma área de apenas 30 por 30 metros. O que encontraram foi o assentamento conhecido como Ch’ok Ayin, uma aldeia que, segundo datações, foi construída entre 550 e 800 d.C. O local é notável pela preservação de suas estruturas de madeira, que, após mais de 1.500 anos submersas, parecem novas, um feito que os especialistas atribuem à rica turfa anaeróbica do solo, que impede a proliferação de bactérias responsáveis pela decomposição.

A descoberta de Ch’ok Ayin não é apenas uma lição sobre a preservação; ela também lança luz sobre a riqueza e o status econômico dos maias. Durante as escavações, os arqueólogos encontraram uma impressionante variedade de artefatos, incluindo produtos de obsidiana, ferramentas de silício e fragmentos de cerâmica vermelha, todos de valor significativo para a época. Esses itens não eram apenas luxuosos; eles sinalizam um nível elevado de sofisticação e prosperidade entre seus habitantes.

Localizada estrategicamente à beira-mar, a aldeia era um importante centro de produção de sal, um recurso vital para os maias, utilizado em rituais religiosos e como conservante. A riqueza gerada por essa produção funcionou como alicerce para a economia local, revelando também o papel de Ch’ok Ayin como um elo na vasta rede comercial da civilização maia. Curiosamente, muitos dos itens encontrados não eram de origem local, indicando que a aldeia mantinha rotas comerciais com regiões distantes, sugerindo uma complexidade econômica notável.

As revelações de Ch’ok Ayin não apenas intrigam os cientistas, mas também reescrevem parte da narrativa sobre a riqueza, a cultura e a interconexão dos povos maias. À medida que mais pesquisas avançam, a expectativa é que mais segredos dessa fascinante civilização sejam revelados, aprofundando nossa compreensão sobre um dos povos mais intrigantes da história.

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