Os especialistas datam as estruturas do final do século XVII ou início do XVIII. Entre os achados, um pátio de paralelepípedos, pinturas, lareiras, adegas e uma variedade de artefatos, como cerâmica e garrafas de vidro, foram documentados. Acredita-se que essas edificações possam ter constituído um complexo habitacional que servia como lar e espaço agrícola de famílias que viveram na região antes da construção da mansão que se destaca atualmente na propriedade.
Malachy Conway, arqueólogo regional do National Trust da Irlanda do Norte, enfatizou a relevância dessa descoberta, caracterizando-a como “realmente significativa”. Ele destacou que, apesar de nenhuma evidência anterior indicar a presença das estruturas, a escavação revelou uma rica história oculta sob a vegetação densa do local. O diretor das escavações, Michael Fearon, também expressou sua empolgação ao trazer à luz essa parte do patrimônio histórico, afirmando que foi somente durante os trabalhos de limpeza que os primeiros tijolos foram encontrados.
Uma teoria incipiente sugere que o complexo pode ter sido demolido quando a nova mansão foi erguida, pois as estruturas anteriores poderiam ter prejudicado a vista espetacular de Strangford Lough. Adrian McAleenan, um arqueólogo sênior do Departamento de Comunidades de Stormont, ressaltou que as escavações não só apresentaram as construções, mas também contribuíram para um entendimento mais profundo do passado da região, incluindo o achado de um pote de cerâmica intacto, datando provavelmente de três séculos atrás.
Essas escavações não apenas ampliam o conhecimento sobre a história local, mas também sublinham a importância de se conduzir investigações arqueológicas em áreas de interesse histórico, onde o passado pode estar mais próximo do que se imagina, esperando para ser redescoberto.