Derrubada de Vetos de Lula Eleva Conta de Luz e Aumenta Poluição em Meio à COP30



A recente derrubada dos vetos presidenciais por parte do Congresso Nacional, que proposta pelo presidente Luiz Inácio da Silva (PT) visava restringir subsídios a usinas termelétricas, poderá ter implicações significativas sobre os custos da eletricidade no Brasil. Especialistas no setor energético alertam que essa medida, que favorece a geração de energia mais poluente, acabará por onerar ainda mais os consumidores, tornando a conta de luz mais alta e contribuindo para o aumento das emissões de gases de efeito estufa em um momento crítico para o debate ambiental no país.

As termelétricas, que dependem da queima de combustíveis fósseis como óleo diesel, necessitam desse insumo para gerar calor e, consequentemente, produzir energia elétrica. Isso não só encarece o custo de produção, mas também impacta negativamente a qualidade do meio ambiente. Conforme dados de especialistas, em 2023, estimativas indicam que as termelétricas emitiram cerca de 17,9 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂), um dado alarmante, especialmente com a aproximação da Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em Belém, Pará, em novembro deste ano, onde o Brasil será o centro das atenções em relação a políticas ambientais.

Entre os principais descontentamentos estão os “jabutis”, ou seja, emendas inseridas de forma controversa no projeto que visam beneficiar as termelétricas, comprometendo o sistema elétrico brasileiro e impactando diretamente os consumidores. Entidades representativas de consumidores, como a Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), levantaram a preocupação de que o custo da energia elétrica aumentará não apenas para residências, mas também para o comércio e a indústria. O presidente da FNCE, Luiz Eduardo Barata, destaca que essas contratações desnecessárias favorecem interesses específicos dentro do Parlamento e resultarão em uma conta de energia mais pesada para todos.

Representantes de fontes de energia renovável, como usinas eólicas e solares, também se manifestaram contrários à decisão do Congresso e já avaliam medidas legais para contestar a derrubada dos vetos. A preocupação é que, ao priorizar a geração elétrica por termelétricas, o Brasil desperdice um potencial significativo para promover uma matriz energética mais limpa e sustentável, que reduziria as desigualdades sociais e melhoraria a competitividade do país no cenário global.

Com a indecisão sobre os “jabutis” e a reavaliação dos vetos presidenciais, o governo federal também considera a possibilidade de apelar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter os efeitos dessa decisão. A situação exige uma discussão profunda sobre o futuro energético do Brasil e a necessidade de investimentos em soluções que garantam tanto a sustentabilidade ambiental quanto a viabilidade econômica para as próximas gerações.

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