De acordo com as apurações, os deputados exigiam a devolução de 25% dos recursos das emendas destinadas à saúde no município, o que soma aproximadamente R$ 6,7 milhões em três emendas, sendo que R$ 1,6 milhão seria a propina direcionada ao grupo criminoso. Os recursos, que deveriam ser utilizados para a melhoria da saúde pública local, acabavam sendo desviados para pagamento de empréstimos feitos pelo agiota aos parlamentares.
A investigação revela que Josimar Maranhãozinho liderava o esquema e que métodos coercitivos, incluindo ameaças com armas, eram utilizados para forçar o pagamento das propinas. Esses atos ilícitos demonstram a precariedade das relações entre alguns integrantes do poder legislativo e a administração pública.
Após a denúncia, a Justiça Federal prendeu o agiota e outros membros da quadrilha que não ocupavam cargos eletivos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu apresentar uma denúncia formal contra os deputados. Em resposta, a defesa de Pastor Gil afirmou esperar um julgamento justo, crendo na inocência do parlamentar. Por outro lado, não houve pronunciamento por parte de Josimar Maranhãozinho e Bosco Costa.
O caso agora aguarda análise do Supremo Tribunal Federal (STF), onde a Primeira Turma está programada para julgar a denúncia em 25 de fevereiro. Se a denúncia for aceita, será aberta ação penal, e os acusados poderão enfrentar graves consequências legais. A sociedade brasileira observa atentamente, na expectativa de que medidas efetivas sejam tomadas para combater a corrupção em suas várias formas.