Deputados indígenas celebram os 35 anos da Coiab em sessão solene no Dia dos Povos Indígenas, na Câmara dos Deputados.

Em uma sessão solene realizada no dia 19 de abril, em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas, deputados indígenas se reuniram para celebrar os 35 anos da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab). Esta entidade abrange nove organizações que trabalham na proteção dos direitos dos povos indígenas que habitam os 110 milhões de hectares da Amazônia brasileira, abrangendo os estados da região Norte, além de Mato Grosso e Maranhão. No total, a Coiab atua em prol de 860 mil indígenas pertencentes a 180 povos, que falam 160 línguas, como a língua kambeba, que foi entoada durante a execução do hino nacional.

A deputada Célia Xakriabá, que também é 2ª vice-presidente da Comissão da Amazônia, presidiu a sessão e destacou a importância da luta dos povos indígenas. Ela ressaltou que a cultura indígena deve ser preservada e que os indígenas lutam diariamente por seus direitos, visando garantir um futuro para as próximas gerações.

Durante a sessão, o coordenador da Coiab, Toya Manchineri, enfatizou a necessidade de o Estado brasileiro cumprir com a demarcação das terras indígenas, conforme previsto na Constituição. Ele mencionou que a falta de demarcação tem causado prejuízos e desrespeito aos indígenas, e defendeu que é hora de o governo rever suas decisões e respeitar os direitos dos povos originários.

A coordenadora da Federação dos Povos e Organizações Indígenas, Eliane Xunakalo, também fez um pronunciamento, destacando as dificuldades enfrentadas pelos indígenas em Mato Grosso. Ela ressaltou a resistência dos povos desde a colonização, e afirmou que os indígenas continuam lutando contra a opressão e falta de respeito, sendo os primeiros habitantes dessa terra.

A Coiab, homenageada durante a sessão, desenvolve mais de 30 projetos em defesa dos direitos indígenas, formulando e fortalecendo políticas públicas, formando líderes políticos e técnicos, e promovendo ações para fortalecer a infância e juventude indígena. É fundamental que a sociedade e o governo reconheçam e valorizem a importância dos povos indígenas, garantindo seus direitos e respeitando sua cultura ancestral.

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