Em reação a essa possível nomeação, os deputados do União Brasil começaram a se manifestar contra a ideia de que Pedro Lucas aceitasse o cargo. A pressão foi amplificada por mensagens trocadas em um grupo nas redes sociais, onde os colegas de partido pediram que ele mantivesse seu posto como líder na Câmara dos Deputados. Essa situação evidencia um racha interno dentro da sigla, que se acirrou desde a eleição de Pedro Lucas. O presidente do partido, Antônio Rueda, teria indicado Pedro para a liderança, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, estaria tentando emplacar o nome de Juscelino Filho para o mesmo cargo na Câmara.
Pedro Lucas, por sua vez, afirmou que antes de aceitar qualquer convocação para o ministério, desejava consultar sua bancada. Enquanto isso, a crise causada pelas denúncias contra Juscelino Filho, que menciona um alegado desvio de emendas que beneficiariam sua irmã —e que ocorreu durante seu mandato como deputado—, continua em foco no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se ele se tornará réu.
Com a renúncia de Juscelino sendo considerada “uma das decisões mais difíceis” de sua trajetória, o impacto desse evento ressoa não apenas na política de seu partido, mas também afeta a dinâmica do governo Lula, que enfrenta a primeira denúncia contra um membro do alto escalão de sua administração. A situação traz à tona as complexidades das relações políticas no Brasil, refletindo não apenas a luta pelo poder, mas também as intrigas e desafios éticos que permeiam a política nacional.