Deputados de Alagoas Mantêm Veto ao Projeto que Instituiria Ensino de Jiu-Jitsu em Escolas Estaduais por Inconstitucionalidade Formal

Na sessão realizada na última terça-feira, dia 3, os deputados da Assembleia Legislativa de Alagoas decidiram manter o veto total manifestado pelo governador Paulo Dantas ao Projeto de Lei nº 744/2024. Essa decisão foi motivada pela alegação de inconstitucionalidade formal da proposta, conforme a justificativa apresentada pelo governo.

O projeto, que tinha como autor o deputado Delegado Leonam, tinha como objetivo implementar o ensino do jiu-jitsu como uma atividade extracurricular nas escolas da rede pública estadual. A proposta foi inicialmente enviada ao Legislativo pelo Poder Executivo, através da Mensagem nº 33/2025, e buscava promover a prática do esporte nas escolas, incentivando não apenas a atividade física, mas também valores como disciplina e respeito.

Entretanto, o veto do governador indicou que existia um problema jurídico que impedia a sua continuidade. A fundamentação do veto destacou que, embora a intenção do projeto fosse louvável, a legislação em questão não se adequava às normas constitucionais vigentes, levando os parlamentares a tomarem a decisão de manter a posição do Executivo.

Com a manutenção do veto, o Projeto de Lei nº 744/2024 não seguirá para a sanção do governador e, consequentemente, não será transformado em lei. Essa decisão acarreta um impacto significativo para os professores e alunos que, segundo as premissas do projeto, poderiam estar se beneficiando com as aulas de jiu-jitsu nas escolas públicas.

As discussões em torno do projeto e do veto refletem um cenário mais amplo sobre a inserção de atividades extracurriculares dentro do currículo escolar e sobre como as propostas legislativas são analisadas e consideradas pelo governo. A Assembleia Legislativa, ao manter a posição do governador, reafirma seu papel de fiscalização e aprovação de matérias dentro das normas constitucionais, ainda que isso signifique deixar em espera propostas que visam o enriquecimento da educação e formação de jovens. Essa situação poderá abrir debates sobre a necessidade de revisão e adequação das legislações em vigor, visando fomentar a prática esportiva nas escolas públicas alagoanas.

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