Para Medeiros, a CPI e seu presidente, o deputado federal Ricardo Salles do PL-SP, realizaram visitas de forma autoritária em órgãos públicos. O foco da CPI Federal era investigar possíveis irregularidades na compra de lonas para assentados. O deputado criticou a diferença de tratamento que é dada às empresas, que recebem isenção fiscal e doações de terras, enquanto que quando essas ações são direcionadas para as pessoas mais simples, como os sem-terra, são tratadas como crime.
Medeiros exaltou a atuação da Assembleia Legislativa de Alagoas, que teve que lembrar aos responsáveis pela CPI que os recursos do Iteral são estaduais, e portanto, não estavam dentro das prerrogativas da Comissão. Ele afirmou que a Assembleia está de parabéns e que Alagoas não vai se curvar para quem vem de Brasília com más intenções.
No mesmo contexto, o deputado Cabo Bebeto, do PL, concordou em não abrir mão de suas prerrogativas e sugeriu que seja aberta uma CPI do Iteral. Ele denunciou o gasto de R$5,6 milhões, sem licitação, para uma única empresa de transporte para a locomoção de manifestantes. Bebeto ressaltou que, mesmo com os recursos sendo do Iteral, eles não pertencem ao governo, mas sim ao povo alagoano.
O parlamentar concluiu pedindo que seus colegas continuem lutando por suas prerrogativas para abrir uma CPI. Ele propôs a abertura de uma CPI do Iteral, dos Sem-Terra ou até mesmo para investigar a visita da CPI Federal em Alagoas. Bebeto encerrou sua fala enfatizando que não abrirá mão de suas prerrogativas. O deputado Delegado Leonam, por sua vez, afirmou que subscreveria a proposta do colega, reforçando a ideia de que quem não deve, não teme.
Essa tem sido uma discussão acalorada entre os deputados alagoanos, que estão em defesa dos interesses do estado e buscando garantir que não haja abuso de poder por parte da CPI Federal. Ainda não se sabe se a proposta de abertura de CPI do Iteral será aceita, mas os deputados estão unidos em sua luta por transparência e justiça.