Segundo os relatos do processo, Zé Trovão teria agredido fisicamente a ex-companheira, inclusive dando um tapa em seu rosto. Em uma entrevista, o deputado reconheceu a violência, justificar-se alegando que estava apenas reagindo a um ataque. Além disso, o parlamentar também foi acusado de difamação, ao afirmar que a mulher era dependente de álcool. Essa declaração seria uma tentativa de afastá-la da presidência do PL Mulher em Joinville, o que levantou sérias preocupações sobre seu comportamento e ética.
A juíza encarregada do caso destacou que a defesa levantou a hipótese de “perseguição política” em um esforço para minimizar as responsabilidades do deputado. No entanto, a magistrada deixou claro que a decisão não possui qualquer relação com questões partidárias, ou intenção de perseguir o réu.
Em resposta à condenação, a assessoria de Zé Trovão qualificou a decisão como desproporcional e irracional, afirmando que não condiz com as provas apresentadas durante o processo. O deputado ainda argumentou que sua ex-companheira passou a ser alvo de ataques políticos, especialmente após seu afastamento da liderança do PL Mulher, e que a instalação do processo foi na verdade uma reação a esse contexto.
Além desse embate judicial, o deputado Zé Trovão também se vê envolvido em um processo disciplinar na Câmara dos Deputados. Ele é acusado de obstruir os trabalhos da Casa e pode enfrentar a suspensão do mandato por um período de até seis meses, dependendo da deliberação do Conselho de Ética da câmara. A situação do parlamentar é, portanto, bastante delicada e poderá impactar significativamente sua trajetória política, enquanto sua defesa se diz confiante na Justiça de Santa Catarina para reverter as alegações apresentadas.