De acordo com Zé Trovão, a ação não atende às demandas genuínas dos caminhoneiros, uma vez que, segundo ele, os envolvidos na organização não se preocupam verdadeiramente com as questões que afetam a profissão, como a libertação de trabalhadores detidos ou as pautas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eles buscam apenas interesses próprios”, afirmou o deputado, acrescentando que as propostas discutidas não oferecem soluções reais para os desafios enfrentados no setor de transporte. “Se querem fazer, que façam. Se a iniciativa der certo, ótimo, mas minha posição é de não apoio”, declarou.
A postura de Zé Trovão também levanta questões sobre as intenções por trás do movimento. Ele acusou os organizadores de se utilizarem da paralisação como uma ferramenta de autopromoção política, evidenciando a falta de autenticidade na convocação e sugerindo que busca-se, na verdade, angariar votos para futuras candidaturas, em vez de promover melhorias concretas para a categoria. Essa discordância ressalta as tensões internas entre os caminhoneiros, especialmente em um cenário em que a mobilização nacional é forte e significativa.
Enquanto isso, os organizadores do ato defendem que suas reivindicações são legítimas e necessárias. Entre as demandas estão a estabilidade contratual, o cumprimento das normas do transporte rodoviário, a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a implementação de aposentadorias especiais após 25 anos de atividade comprovada. Por outro lado, caminhoneiros autônomos da Baixada Santista demonstram resistência à paralisação, apontando que a movimentação está carregada de motivações políticas que não representam os verdadeiros interesses da categoria. Esse cenário evidencia a fragmentação entre grupos de caminhoneiros e levanta questionamentos sobre a unidade necessária para enfrentar os desafios do setor.
