Segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE), o deputado ainda teria fretado uma aeronave para viajar a Rio Branco, no Acre, durante sua campanha na disputa por uma cadeira no Congresso. O juiz Pedro de Araújo Ribeiro, relator do caso no TRE-AM, destacou a gravidade das irregularidades, afirmando que o uso indevido de recursos para o fretamento de aeronaves poderia ter permitido acesso a eleitores inalcançáveis para a maioria dos candidatos, o que vai contra os princípios da igualdade na disputa eleitoral.
Essa não é a primeira vez que Câmara enfrenta problemas com suas contas de campanha. Anteriormente, suas contas haviam sido aprovadas com ressalvas pelo tribunal eleitoral do estado devido aos gastos com aeronaves. Na ocasião, o deputado não conseguiu comprovar a origem dos recursos para o fretamento, que ultrapassaram a quantia de R$ 390 mil, correspondente a mais de 10% de seus gastos de campanha.
Apesar da cassação de seu mandato, a decisão ainda não é final e Câmara tem a possibilidade de recorrer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente da Frente Parlamentar Evangélica recebeu o apoio integral da bancada, composta por mais de cem parlamentares, que acreditam na reversão da decisão na Corte Eleitoral. Internamente, os deputados consideram o assunto como “simples” e acreditam que a situação será resolvida por meio de recurso.
Em entrevista ao portal G1, o parlamentar afirmou que pretende recorrer da decisão e defender-se das acusações que levaram à cassação de seu mandato. A situação de Silas Câmara evidencia a importância do controle e transparência dos gastos de campanha, assim como a seriedade das investigações e decisões por parte da Justiça Eleitoral. A repercussão desse caso certamente continuará a ser acompanhada de perto nos próximos desdobramentos.