O advogado de Bacellar, Bruno Borragine, revelou que o deputado está otimista e acredita que a Assembleia Legislativa não irá referendar sua prisão. Contudo, a defesa ainda não teve acesso completo aos documentos que fundamentam a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão. Segundo Borragine, a medida é desproporcional e não há evidências que demonstrem que Bacellar teria tentado obstruir a Justiça ou destruir provas.
A detenção de Bacellar está relacionada à suposta participação no vazamento de informações sigilosas que impactaram a investigação sobre o ex-deputado TH Jóias, preso em setembro. A Polícia Federal alega que o vazamento comprometeu a Operação Zargunq, que investiga conexões entre TH e a facção criminosa Comando Vermelho. Mandados de busca e apreensão foram executados em diversas propriedades vinculadas a Bacellar, incluindo endereços em Botafogo, Campos dos Goytacazes e Teresópolis, além de seu gabinete na Alerj.
A prisão do deputado ocorre em um cenário mais amplo, em que o STF buscou intensificar as investigações sobre a atuação de grupos criminosos no estado, em uma decisão que também resultou no afastamento de Bacellar da Presidência da Assembleia Legislativa. A situação está em desenvolvimento, mas a expectativa é que a Alerj se pronuncie rapidamente sobre o futuro do parlamentar, que permanece em custódia enquanto as investigações prosseguem.









