Deputado pede ao STF a extradição de Lulinha, filho de Lula, após investigações sobre pagamentos suspeitos em esquema de fraudes no INSS.

O deputado federal Evair Vieira de Melo, representante do Partido Progressista, protocolou um importante pedido no Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar solicita que a corte avalie a possibilidade de cooperação internacional e a eventual extradição de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa ação surge após investigações que revelaram supostas transações financeiras irregulares envolvendo Lulinha, estimadas em R$ 300 mil mensais, além de transferências que somariam aproximadamente R$ 25 milhões, creditadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, atualmente detido por sua conexão em um esquema de fraudes bilionárias contra beneficiários do INSS.

Em um ofício dirigido ao presidente do STF, o ministro Edson Fachin, Evair argumenta que Lulinha se estabeleceu em Madri, Espanha, justo quando as investigações começaram a ganhar visibilidade nacional. Essa situação, segundo o deputado, gera preocupações em relação à eficácia das investigações e à preservação da integridade da persecução penal. A presença de Lulinha fora do Brasil, em meio a circunstâncias tão delicadas, acirra ainda mais as preocupações acerca da possibilidade de obstrução da justiça.

Embora o deputado reconheça que ainda não há um “juízo definitivo de culpa” contra Lulinha, ele destaca que existem indícios substanciais, formalizados em procedimentos oficiais, que sustentam a necessidade de aprofundamento das investigações. Evair Vieira de Melo acredita que, com base na materialidade mínima e indícios de autoria, emerge uma razão legítima para que medidas investigativas sejam instauradas e desenvolvidas.

Nesse sentido, o parlamentar defende que o STF não apenas considere a comunicação destes fatos à Procuradoria-Geral da República, mas também reanalise a urgência de adotar medidas cautelares. Ele sugere a ativação de mecanismos de cooperação jurídica internacional com a Espanha, o que pode incluir desde a oitiva por meio de carta rogatória até o compartilhamento de provas. Caso as condições legais sejam atendidas, a proposta de Evair sugere a necessária discussão sobre a admissibilidade de uma futura extradição de Lulinha, visando evitar que a permanência do investigado no exterior prejudique a investigação.

Além disso, ele já havia encaminhado similar pedido à Polícia Federal, reforçando sua preocupação com a necessidade de responsabilização e transparência nas questões envolvendo figuras públicas ligadas ao governo. A natureza do caso e as ramificações legais que ele pode gerar prometem repercutir intensamente no cenário político brasileiro, evidenciando o delicado equilíbrio entre justiça e questões familiares em meio a um contexto de severas acusações.

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