Em um ofício dirigido ao presidente do STF, o ministro Edson Fachin, Evair argumenta que Lulinha se estabeleceu em Madri, Espanha, justo quando as investigações começaram a ganhar visibilidade nacional. Essa situação, segundo o deputado, gera preocupações em relação à eficácia das investigações e à preservação da integridade da persecução penal. A presença de Lulinha fora do Brasil, em meio a circunstâncias tão delicadas, acirra ainda mais as preocupações acerca da possibilidade de obstrução da justiça.
Embora o deputado reconheça que ainda não há um “juízo definitivo de culpa” contra Lulinha, ele destaca que existem indícios substanciais, formalizados em procedimentos oficiais, que sustentam a necessidade de aprofundamento das investigações. Evair Vieira de Melo acredita que, com base na materialidade mínima e indícios de autoria, emerge uma razão legítima para que medidas investigativas sejam instauradas e desenvolvidas.
Nesse sentido, o parlamentar defende que o STF não apenas considere a comunicação destes fatos à Procuradoria-Geral da República, mas também reanalise a urgência de adotar medidas cautelares. Ele sugere a ativação de mecanismos de cooperação jurídica internacional com a Espanha, o que pode incluir desde a oitiva por meio de carta rogatória até o compartilhamento de provas. Caso as condições legais sejam atendidas, a proposta de Evair sugere a necessária discussão sobre a admissibilidade de uma futura extradição de Lulinha, visando evitar que a permanência do investigado no exterior prejudique a investigação.
Além disso, ele já havia encaminhado similar pedido à Polícia Federal, reforçando sua preocupação com a necessidade de responsabilização e transparência nas questões envolvendo figuras públicas ligadas ao governo. A natureza do caso e as ramificações legais que ele pode gerar prometem repercutir intensamente no cenário político brasileiro, evidenciando o delicado equilíbrio entre justiça e questões familiares em meio a um contexto de severas acusações.
