O parlamentar criticou a ação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, qualificando-a como uma violação dos direitos fundamentais e humanos. “O regime avança. É mais um ato de abuso, mais um ato contra a figura do presidente Bolsonaro e contra tudo o que ele representa. Isso é um arbítrio, uma ilegalidade e, mais importante, ocorre em um dia com um significado claro”, declarou.
Manzoni também fez questão de lembrar que Bolsonaro, aos 70 anos, enfrenta problemas de saúde, chamando a atenção para uma situação recente relatada pela imprensa, onde o ex-presidente teria soluçado continuamente por horas e sofrido crises de vômito. O deputado questionou publicamente: “Para quê tudo isso?”, sugerindo uma preocupante exposição da saúde do ex-mandatário em meio à crise.
Horas mais tarde, em uma transmissão ao vivo em uma confeitaria de Brasília, o senador Flávio Bolsonaro (PL) também fez alusões à data, argumentando sobre as circunstâncias que envolveram a prisão do pai. Ele insinuou que a decisão judicial estava previamente ‘contabilizada’ desde o dia anterior e questionou o motivo para a prisão ter acontecido no dia 22, mencionando uma multa de 22 milhões de reais imposta ao partido do ex-presidente relacionada à investigação de irregularidades nas eleições de 2022. “Isso não é jurídico”, afirmou, apontando para uma possível motivação política por trás das ações judiciais.
A prisão de Jair Bolsonaro foi feita pela Polícia Federal, em Brasília, mediante a decisão de Moraes. O pedido para a detenção foi justificado pela PF com base no risco de fuga do ex-presidente, especialmente durante uma vigília organizada em frente ao condomínio onde reside. O episódio tornou-se ainda mais complexo com a informação de que Bolsonaro teria violado sua tornozeleira eletrônica, em um ato que, segundo Moraes, indicava uma intenção de fuga.
Em meio a esse conturbado panorama político, a detenção de Bolsonaro e suas implicações permanecem no centro do debate público, suscitando reações acaloradas tanto da oposição quanto de seus apoiadores. A cada nova revelação, o caso se adensa e se torna um épico capítulo na história política recente do Brasil.
