O parlamentar informou que teve acesso ao Boletim de Ocorrência emitido pela mulher há cerca de um ano, o qual continha relatos de diversas formas de violência perpetradas por seu ex-companheiro, incluindo agressões físicas, psicológicas e patrimoniais. Ele enfatizou que a Justiça parecia desatenta para a gravidade da situação, já que, apesar das denúncias, a vítima não recebeu a devida proteção. Segundo o deputado, uma medida protetiva foi registrada, mas não foi efetivamente aplicada, permitindo que o agressor mantivesse contato com a mulher, o que colocou sua vida em risco.
Um ponto especialmente tocante do pronunciamento de Leonam foi o relato de uma criança de apenas dois anos, cuja voz foi ouvida em um depoimento revelador sobre os abusos sofridos. Ele se questionou sobre a profundidade do desespero que uma mãe deve sentir ao testemunhar sua filha vítima de violência, enquanto as instituições responsáveis pela proteção parecem não agir de forma eficaz. “Até que ponto chega uma mãe que viu sua filha sendo agredida e convive diariamente com a impunidade de seu ex-companheiro?”, indagou, expressando a indignação que acompanha este trágico acontecimento.
O deputado esclareceu que sua intenção não era promover qualquer tipo de violência, mas sim expor o desespero enfrentado pela mãe e pelo caráter falho do sistema de justiça. Ele finalizou sua fala apelando para a empatia do público, instigando-o a imaginar a angústia que acompanha uma mulher que, mesmo com evidências de abuso, não encontra a proteção necessária para sua família. Essa situação alarmante evidencia a urgência de um debate mais profundo sobre os mecanismos de proteção às vítimas de violência doméstica e a responsabilidade do Estado em garantir segurança às mulheres e suas crianças.









