Loiola ressaltou que a Caatinga, que ocupa cerca de 70% da área territorial do Nordeste, é um bioma único no Brasil e enfrenta um grave processo de desertificação. Além disso, enfatizou que o rio São Francisco está “agoniando”, destacando que essa importante via fluvial representa 70% do potencial hídrico da região. O Velho Chico, como é carinhosamente conhecido, é vital não apenas para a irrigação de aproximadamente 300 mil hectares ao longo de sua bacia hidrográfica, como também para o abastecimento de água em diversas cidades do Brasil, abrangendo estados como Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Ceará e Paraíba, este último beneficiado pela transposição das águas do rio.
O deputado lembrou que o São Francisco é responsável por 95% da energia gerada pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e desempenha um papel fundamental no turismo e na piscicultura, além de ser um espaço de lazer para a população local. Comparou a importância do rio à do Nilo para o Egito, afirmando que a ausência do São Francisco significaria um colapso para o Nordeste.
Loiola lamentou que, em um fórum de tamanha relevância como a COP 30, temas tão cruciais permanecem marginalizados. Ele fez um apelo por uma maior atenção às questões ambientais da região, destacando que o futuro do bioma Caatinga e do rio São Francisco deve ser priorizado nas discussões sobre mudanças climáticas. “Precisamos olhar com mais cuidado para esses dois problemas”, concluiu o parlamentar, evidenciando a urgência da situação e a necessidade de ações efetivas para a preservação do meio ambiente nordestino.
