Em uma postagem nas redes sociais, Lopes expressou sua indignação com os resultados da auditoria e delineou as principais questões encontradas: “Empresas fantasmas vencendo licitações bilionárias, móveis superfaturados e laços familiares entre os vencedores de contratos”, afirmou ele, acrescentando que o MEC e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ignoraram diversos alertas. O deputado enfatizou que, enquanto essas irregularidades ocorrem, as escolas enfrentam uma grave falta de recursos, como merenda, carteiras adequadas e estrutura para garantir uma educação de qualidade.
A necessidade de uma CPI, segundo Lopes, é urgente e representa a busca por transparência e responsabilidade em um setor que deve zelar pela formação das futuras gerações. Em sua mensagem, ele convocou a população e outros deputados a se mobilizarem em torno da causa, ressaltando que não aceitarão a omissão frente a este quadro.
A auditoria da CGU revelou ainda que uma das principais preocupações está na divergência de R$ 3,3 bilhões entre os bens móveis registrados pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) e os controles patrimoniais internos de instituições de ensino. Os dados indicam uma superavaliação dos ativos, o que levanta questões sobre a gestão financeira do MEC.
Além disso, mencionou-se a situação delicada do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), que, segundo a CGU, pode enfrentar sérios riscos devido ao modelo atual de execução das garantias, podendo comprometer a concessão de novas oportunidades para os estudantes. Em resumo, a criação da CPI se apresenta como uma resposta a uma série de denúncias que, se provadas, podem ter um impacto significativo na educação pública brasileira.