Deputado Hélio Lopes inicia coleta de assinaturas para CPI da Educação após auditoria revelar rombo de R$ 4,3 bilhões no ministério.

O deputado federal Hélio Lopes, membro do PL do Rio de Janeiro, deu um passo decisivo ao iniciar a coleta de assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará possíveis irregularidades no Ministério da Educação (MEC). A proposta vem à tona após a revelação de uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou discrepâncias significativas nas contas do ministério, totalizando cerca de R$ 4,3 bilhões.

Em uma postagem nas redes sociais, Lopes expressou sua indignação com os resultados da auditoria e delineou as principais questões encontradas: “Empresas fantasmas vencendo licitações bilionárias, móveis superfaturados e laços familiares entre os vencedores de contratos”, afirmou ele, acrescentando que o MEC e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ignoraram diversos alertas. O deputado enfatizou que, enquanto essas irregularidades ocorrem, as escolas enfrentam uma grave falta de recursos, como merenda, carteiras adequadas e estrutura para garantir uma educação de qualidade.

A necessidade de uma CPI, segundo Lopes, é urgente e representa a busca por transparência e responsabilidade em um setor que deve zelar pela formação das futuras gerações. Em sua mensagem, ele convocou a população e outros deputados a se mobilizarem em torno da causa, ressaltando que não aceitarão a omissão frente a este quadro.

A auditoria da CGU revelou ainda que uma das principais preocupações está na divergência de R$ 3,3 bilhões entre os bens móveis registrados pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) e os controles patrimoniais internos de instituições de ensino. Os dados indicam uma superavaliação dos ativos, o que levanta questões sobre a gestão financeira do MEC.

Além disso, mencionou-se a situação delicada do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), que, segundo a CGU, pode enfrentar sérios riscos devido ao modelo atual de execução das garantias, podendo comprometer a concessão de novas oportunidades para os estudantes. Em resumo, a criação da CPI se apresenta como uma resposta a uma série de denúncias que, se provadas, podem ter um impacto significativo na educação pública brasileira.

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