Deputado Guilherme Derrite apresenta relatório do PL Antifacção, propondo penas severas para facções e novas estratégias de combate ao crime organizado.

O deputado federal Guilherme Derrite, representante do Partido Progressista de São Paulo, apresentou na noite dessa sexta-feira, 7 de novembro, o relatório do Projeto de Lei Antifacção, uma proposta encaminhada pelo governo federal. O anúncio acontece após o presidente da Câmara, Hugo Motta, nomear Derrite como relator do projeto, que visa endurecer as medidas contra facções criminosas no país.

Em seu parecer, Derrite optou por não incluir uma das questões mais polêmicas discutidas no âmbito da proposta, que é a integração do texto do governo com o projeto que equipara facções a grupos terroristas, uma ideia fortemente defendida pela oposição. No entanto, o relator apresentou uma proposta que visa assegurar que ações armadas e a imposição de controle territorial por parte dessas organizações sejam tratadas com a severidade que a legislação atual reserva para casos de terrorismo, estipulando penas que variam de 20 a 40 anos de reclusão.

Derrite enfatizou que, ao não categorizar diretamente as facções criminosas como “organizações terroristas” no sentido estrito, é fundamental reconhecer que condenáveis práticas perpetradas por esses grupos geram consequências sociais e políticas que se assemelham a atos terroristas. Este reconhecimento, segundo o deputado, justifica um tratamento penal que leve em conta a gravidade das ações e suas repercussões jurídicas.

No cerne da proposta, está a ideia de que líderes dessas organizações sejam encarcerados em presídios de segurança máxima, com limitações severas em relação a benefícios comuns, como anistia e liberdade condicional. Além de endurecer as punições, o projeto também busca ampliar os instrumentos de investigação, permitindo que os policiais se infiltrem em esquemas criminosos, utilizem identidades falsas e até empresas de fachada em operações secretas. O novo texto prevê que tais iniciativas possam contar com a colaboração de delatores premiados, reforçando o combate às facções de maneira integrada e efetiva.

Neste contexto, o relatório de Derrite reflete uma tentativa de adaptar o sistema legal brasileiro ao complexo cenário da criminalidade organizada, colocando em pauta uma discussão que, sem dúvida, continuará a gerar debates acalorados no Congresso e na sociedade.

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