O processo em questão envolve um incidente em que o deputado foi acusado de agredir um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) nos corredores da Câmara. O Conselho de Ética já havia recomendado a cassação de seu mandato, uma decisão que, segundo ele, se baseia em uma suposta perseguição política. O parlamentar alega que sua reação foi provocada por ofensas direcionadas a sua mãe, que enfrenta problemas de saúde graves.
Braga aproveitou sua presença na mesa diretora para denunciar o que classificou como uma “ofensiva” contra seu mandato, ressaltando que o foco dessa movimentação era exclusivamente ele, enquanto outros casos de políticos envolvidos em situações similares, como os deputados Carla Zambelli e Alexandre Ramagem, condenados e atualmente foragidos, não estavam em igual nível de atenção.
Durante a manifestação, a Polícia Legislativa tomou a decisão controversa de retirar jornalistas do plenário, criando um ambiente de tensão e ausência de transparência. Glauber, optando por permanecer na cadeira presidencial, contou com o apoio de seus aliados, sublinhando a divisão crescente dentro da Casa.
Comparações foram feitas com o episódio de agosto, quando parlamentares bolsonaristas tomaram a Mesa Diretora em um motim. O líder do PT, Lindbergh Farias, criticou o bloqueio à imprensa e responsabilizou Hugo Motta pela polarização e pelos conflitos que se intensificam no Congresso, exigindo que uma solução política seja buscada com urgência.
Esse ato de Glauber Braga levanta questões sobre a condução dos trabalhos na Câmara e os limites da democracia representativa em tempos de crise política, refletindo a complexidade das interações entre os diferentes grupos presentes na Casa. A continuidade desse tipo de resistência e protesto pode alterar significativamente o cenário político atual.
