No contexto de sua liderança, Pinato destacou que o Brasil será o anfitrião da Cúpula de Líderes do BRICS, que ocorrerá em julho no Rio de Janeiro, além de sediar importantes reuniões entre os grupos de trabalho do bloco. Recentemente, foram realizadas as reuniões do GT de Emprego e do GT de Agricultura, evidenciando o dinamismo das ações do BRICS neste ano.
Pinato explicou que a criação do grupo, que inicialmente contava apenas com Brasil, Rússia, Índia e China, foi motivada pela necessidade de uma melhor cooperação e desenvolvimento entre esses países. A inclusão de novos membros, como a África do Sul em 2010 e, mais recentemente, a Indonésia, eleva o total de países participantes para onze, que juntos representam 40% da população mundial e 37% do PIB global.
O parlamentar acredita que o sucesso do BRICS reside na sua abordagem pragmática, permitindo que os países membros busquem seus próprios interesses sem se submeter a uma ideologia única. Essa flexibilidade é uma resposta necessária à imposição de normas, como o uso do dólar e do sistema SWIFT, que têm sido empregados como ferramentas de controle econômico, especialmente pelos Estados Unidos.
Ademais, Pinato ressaltou a importância de apresentar o BRICS e seus benefícios aos legisladores brasileiros, principalmente para aqueles que estão iniciando seus mandatos. Ele defendeu que a política externa do Brasil deve ser guiada pela soberania nacional, sem discriminação entre os parceiros comerciais, seja com os EUA, Rússia ou China. Para Pinato, a busca por um Brasil mais autônomo na arena internacional é imprescindível para garantir o desenvolvimento e a autonomia do país em um mundo cada vez mais multipolar.