Deputado evangélico divide bancada ao orar por Lula no Planalto; Malafaia critica gesto e diz que evangélicos não se aproximam do petista.



Nesta terça-feira (15/10), o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que já foi aliado de Jair Bolsonaro, surpreendeu ao dividir a bancada evangélica ao orar pelo presidente Lula. O líder da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), minimizou o gesto de Otoni de Paula, afirmando que o congressista carioca esteve no Planalto a seu pedido para acompanhar a sanção de uma lei relacionada ao segmento evangélico.

Segundo Silas Câmara, a presença de Otoni de Paula na cerimônia de sanção da lei foi uma representação do trabalho da bancada evangélica no Congresso Nacional, que contribuiu para a proposição da legislação. A aprovação da lei que cria o Dia da Música Gospel, de autoria do deputado Raimundo Santos (PSD-PA), também foi mencionada como uma iniciativa para melhorar a relação do segmento religioso com o governo Lula.

Durante o evento, Otoni de Paula agradeceu ao presidente Lula pela sanção da lei e elogiou sua postura. O deputado destacou que os evangélicos não têm um dono e ressaltou a importância da liberdade religiosa. Por outro lado, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, criticou os gestos de Lula em relação aos evangélicos, afirmando que as ações do presidente favorecem apenas de forma pontual.

Malafaia questionou a aproximação de alguns membros da bancada evangélica com Lula, argumentando que a maioria não concordaria com essa postura. O pastor ainda mencionou decisões do governo relacionadas ao aborto que vão contra os valores defendidos pelos evangélicos. Para Malafaia, o gesto de Otoni de Paula em orar por Lula é uma tentativa de se posicionar de maneira ambígua, tentando agradar a diferentes lados.

Enquanto a bancada evangélica se divide diante da relação com o presidente Lula, a cerimônia de sanção da lei do Dia da Música Gospel reflete os esforços de aproximação entre o segmento religioso e o governo. O cenário político segue instável, com diferentes visões e interesses em jogo.

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