A CPMI do INSS está atualmente sob intensa escrutínio devido à Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal, que visa investigar práticas irregulares de desconto em benefícios do INSS entre 2019 e 2024. Durante essa investigação, Edson Araújo, que é vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), surgiu como um dos alvos, especialmente após questionamentos levantados por Duarte Jr. sobre pagamentos significativos recebidos por Araújo.
As mensagens, que foram exibidas por Duarte Jr. nas redes sociais, mostram um diálogo acalorado entre os dois. Araújo inicia com um tom desdenhoso, insinuando que Duarte está buscando atenção e, em resposta, Duarte questiona diretamente se está sendo ameaçado. A troca de palavras rapidamente se torna mais agressiva, gerando um ambiente de desconfiança e medo.
Além do boletim de ocorrência, que foi protocolado na Câmara dos Deputados, Duarte Jr. também solicitou proteção para sua família ao presidente da Casa, destacando a seriedade da situação. Em suas declarações, ele enfatizou a necessidade de segurança para seus entes queridos, regozijando-se com seu papel como pai, filho e marido, além de parlamentar.
A ameaça recebida por Duarte foi caracterizada no boletim de ocorrência como uma “ameaça de morte”, e o fato de ter sido recebida nas dependências do Congresso Nacional implica na responsabilidade da Polícia Legislativa Federal para apurar o caso. Com a CPMI em curso e a troca de mensagens expostas, a situação não só levanta questões sobre a segurança dos deputados, mas também sobre as práticas de corrupção no âmbito do INSS, onde cobranças irregulares têm sido apuradas.
As tensões entre os membros da CPMI não são algo novo, mas a escalada para ameaças públicas revela o quão delicada e complexa a política brasileira se tornou, especialmente em tempos de crise de credibilidade e integridade institucional. Duarte Jr. não só se vê imerso em investigações que podem ter impactos diretos sobre sua carreira política, mas também enfrenta riscos pessoais que, em última instância, podem comprometer sua função como representante do povo. O desfecho deste caso será observado de perto, tanto por apoiadores quanto por críticos, já que envolve não apenas a segurança pessoal, mas também a imagem da política no Brasil.
